Uma vi(d)a de um sentido...
Estou completamente lixado, todos os anos é a mesma coisa. Pelo início do mês de Dezembro lá começam eles a chegar. Sorrateiramente batem-nos à porta e pronto, já está, mais um convite para um jantar de natal, de fim de ano. É o jantar entre amigos da faculdade, onde se recordam as fantásticas bebedeiras normalmente carregadas de muito vómito e gajas, muitas gajas, todas lindas e boas, pelo menos até acordarmos, pois aí o sol da manhã punha a descoberto todos os males da noite. Tantas vezes repeti palavras como, não é possível, ou nunca mais bebo.
Depois temos os jantares com colegas de cursos que fomos fazendo. Estes mais calmos, onde a conversa circula entre temas da actualidade, o estado na nação, as pequenas vaidades de cada um e onde por vezes se assiste a situações curiosas, como ver-mos pessoas casadas, com idades a rondar os 40 completamente obcecadas por sexo, a aproveitarem-se dos cursos para sairem de casa e melhorar significativamente os seus curriculuns.
Outro dos jantares típicos é o da empresa. Este sim, uma verdadeira passarela de vaidades onde os galos do alto do seu poleiro observam a sua prole enquanto fazem o sacrifício de se deixarem bajular por meia dúzia de escovas que de joelhos lá vão fazendo pela vida.
Pena tenho eu de todos os desempregados, pois não têm hipótese de compartilhar com os seus camaradas a alegria de um repasto natalício entre os seus.
Como proporcionar a toda esta classe que se apressa para ser maioria neste país o prazer de tal repasto?
Provavelmente estará aqui uma boa oportunidade de negócio. Que tal uma empresa completamente virada para eventos dedicados a desempregados?
Do tipo: Está desempregado? Não tem quem o convide para jantares de natal?
Não se preocupe, pois chegou a exploragados Lda, a empresa que se dedica à exploração de desempregados, a empresa que trata todos os desempregados como gado.
Nós arranjamos festinhas para todos os desempregados, com muitos coleguinhas que não se fartam de dizer bem de si, um chefe que o adora e uma secretária mortinha que você lhe salte em cima.
Só aqui na exploragados Lda. E tudo por 6 meses do seu subsídio de desemprego. Por que espera...
Para finalizar, temos sempre o jantar de amigos. Aqueles de todos os dias, ou quase. Estes jantares correm sempre muito bem. É a altura de vermos aqueles que à uns anos não paravam quietos, que se metiam com todos e com todas, que armavam sempre escândalos por onde passavam, a portarem-se como cordeirinhos. E tudo porquê? Porque vão acompanhados das suas respectivas. Como é que se pode ficar assim tão manso?
Bem, resta-me dizer que não vou a todos. Escolho sempre dois ou três e fico-me por aí.
Vamos ver para o ano.
Quantos é que serão?
Se foram os mesmos já fico contente. Pelo menos vão-se lembrando...
Estou completamente lixado, todos os anos é a mesma coisa. Pelo início do mês de Dezembro lá começam eles a chegar. Sorrateiramente batem-nos à porta e pronto, já está, mais um convite para um jantar de natal, de fim de ano. É o jantar entre amigos da faculdade, onde se recordam as fantásticas bebedeiras normalmente carregadas de muito vómito e gajas, muitas gajas, todas lindas e boas, pelo menos até acordarmos, pois aí o sol da manhã punha a descoberto todos os males da noite. Tantas vezes repeti palavras como, não é possível, ou nunca mais bebo.
Depois temos os jantares com colegas de cursos que fomos fazendo. Estes mais calmos, onde a conversa circula entre temas da actualidade, o estado na nação, as pequenas vaidades de cada um e onde por vezes se assiste a situações curiosas, como ver-mos pessoas casadas, com idades a rondar os 40 completamente obcecadas por sexo, a aproveitarem-se dos cursos para sairem de casa e melhorar significativamente os seus curriculuns.
Outro dos jantares típicos é o da empresa. Este sim, uma verdadeira passarela de vaidades onde os galos do alto do seu poleiro observam a sua prole enquanto fazem o sacrifício de se deixarem bajular por meia dúzia de escovas que de joelhos lá vão fazendo pela vida.
Pena tenho eu de todos os desempregados, pois não têm hipótese de compartilhar com os seus camaradas a alegria de um repasto natalício entre os seus.
Como proporcionar a toda esta classe que se apressa para ser maioria neste país o prazer de tal repasto?
Provavelmente estará aqui uma boa oportunidade de negócio. Que tal uma empresa completamente virada para eventos dedicados a desempregados?
Do tipo: Está desempregado? Não tem quem o convide para jantares de natal?
Não se preocupe, pois chegou a exploragados Lda, a empresa que se dedica à exploração de desempregados, a empresa que trata todos os desempregados como gado.
Nós arranjamos festinhas para todos os desempregados, com muitos coleguinhas que não se fartam de dizer bem de si, um chefe que o adora e uma secretária mortinha que você lhe salte em cima.
Só aqui na exploragados Lda. E tudo por 6 meses do seu subsídio de desemprego. Por que espera...
Para finalizar, temos sempre o jantar de amigos. Aqueles de todos os dias, ou quase. Estes jantares correm sempre muito bem. É a altura de vermos aqueles que à uns anos não paravam quietos, que se metiam com todos e com todas, que armavam sempre escândalos por onde passavam, a portarem-se como cordeirinhos. E tudo porquê? Porque vão acompanhados das suas respectivas. Como é que se pode ficar assim tão manso?
Bem, resta-me dizer que não vou a todos. Escolho sempre dois ou três e fico-me por aí.
Vamos ver para o ano.
Quantos é que serão?
Se foram os mesmos já fico contente. Pelo menos vão-se lembrando...
