Uma vi(d)a de um sentido...
A HISTÓRIA E OS ESTUDANTES PORTUGUESES
A grande resposta que os estudantes deste país estão a dar a um governo ignóbil, fascista e acima de tudo ignorante da realidade portuguesa é de uma MATURIDADE, como há muito não se via neste pais e como há muito não se via na Europa.
Temos de recuar até tempos em que o totalitarismo, a ditadura, o quero posso e mando governava este país para falarmos em tamanhas contestações, em tamanha indignação.
As grande revoluções na Europa tiveram a participação dos movimentos estudantis. Foram eles que neste país começaram o que a maioria tinha medo de o fazer. Foram eles na sua maioria filhos de papás ricos e principais interessados (ou interesseiros) da situação vigente que deram o passo, revoltando-se não só contra o estado mas também contra as suas próprias famílias, contra o seu bem estar.
De todos os estudantes que tiveram a coragem para dar a cara, quantos deles estarão em situação financeira privilegiada? Quantos deles serão filhos de papás ricos que lutam por ainda pagar menos do que pagam?
Uma minoria de certeza. Se tivesse que colocar isso em percentagem, embora não tendo dados estatísticos que me permitam fundamentar, diria que não ultrapassariam 1% de todo o universo estudantil.
Mas mesmo que assim não seja, mesmo que os valores sejam superiores, mesmo que fossem todos meninos riquinhos, que padrão moral ou ético proíbe estudante filhos de boas famílias de terem consciência?
Será que pelo facto de serem privilegiados não têm o direito a pensar pelas próprias cabeças? De se revoltarem?
Querem castrar o futuro deste país.
Querem eliminar a liberdade de expressão.
Querem destruir as esperanças de toda uma geração. E eles, os estudantes, têm de estar calados, porque os outros, os políticos, como não têm imaginação, saber, inteligência para fazer melhor, não querem que os chateiem.
Este pais encontra-se em falência financeira e prepara-se para entrar em falência moral, intelectual e motivacional.
Os portugueses já não acreditam...