quinta-feira, novembro 20, 2003

Uma vi(d)a de um sentido...

"São sempre os que eu recordo que me esquecem...
Mas digo para mim: «Não me merecem...»"...

In O meu orgulho - Florbela Espanca Sonetos

quarta-feira, novembro 19, 2003

Uma vi(d)a cheia de muitos sentidos para a aniversariante de hoje.

ESCORPIÕES EM GRANDE FESTA

Ontem foi um dia muito especial para mim.
Dia 18 de Novembro de 2003, um daqueles dias que bem podia... não ter acontecido.

Tudo levava a crer que seria um dia calmo, sereno, sem stress. Patrão fora, coleguinhas fora, nada nem ninguém para aborrecer e estragar um dia, ... por sinal ensolarado.

Manhã...

Trânsito, Trânsito, Trânsito, Trânsito, Trânsito...
...nada de anormal.
Café: Dois pela manhã logo a abrir...tenho que acordar. A cafeína em grande, lá vai estimulando e acordando todos os sentidos que teimam em manter-se em estado de letargia profunda.

O primeiro desses cafés provocou como nunca o despertar desses sentidos.
O empregado verificando o meu estado zombificado, resolveu ajudar-me espetando-me com uma dose de cafeína... pelas calças abaixo.
Dito e feito...acordei logo. É claro que lhe agradeci-lhe logo ali.
Fiquei cliente.. É muito mais rápido e não faz tão mal.

O dia lá avançou, sem nada a registar. Para o fim do dia lá fui eu dar a minha formação...zita.

Vinha eu já muito descansado, feliz pela sessão que teria corrido muito bem, quando o carro dá sinal de "franqueza" e ...pára.
Estrada nacional 109 (IC1). Umas das estradas mais perigosas deste país.
Bem...chama-se a assistência em viagem. Puxa-se do cartão e lá vai.
Responde-me a menina.
- Desculpe, mas o senhor não tem assistência em viagem.
- Não tenho???
- Deve haver para aí algum engano!!!.
Depois de várias insistências, a resposta era sempre a mesma.
- Não tem...
- Tenho
- Não tem
- Não tem...
- Tenho
- Não tem
- Não tem...
- Tenho
- Não tem
- Tenho
- Não tem...
- Tenho
- Tenho
- Não tem...
Bem...não tenho...afinal não tenho.
Um erro da seguradora como pude verificar hoje. Mas lá paguei eu os 100€ do reboque e mais 25€ de taxi....

Ficaram de pagar...vamos ver...

Hoje lá chegou o carrito à garagem.
As más noticias continuam.
- É a correia de distribuição. Dizem eles.
- Pois é...se fosse a correia não era grande o prejuízo. O problema são os pistões.
- Isto não vai ficar barato!
- Quanto? Questiono eu já com cara de assustado.
- Prepare-se para uns 1000€ no mínimo.

E pronto(s)...cai de quatro...

Lá se vai o subsidio de natal, por causa de uma correia que deveria durar 90.000 km e resolveu dar o peido aos 30.000.

E lá fiquei eu o resto do dia...a pensar...

Que quando pensamos que estamos mal, esquecemo-nos frequentemente que podemos ficar pior.

Pressinto que ainda não acabou...


sexta-feira, novembro 14, 2003

Uma vi(d)a de um sentido...

Esta tarde pus-me a pensar que estaria a ficar perto do ponto de saturação. Mas de imediato lembrei-me.
Qual será o meu verdadeiro ponto de saturação?
Qual será o meu limite?
Por que medidas me poderei avaliar?
A saturação no trabalho será igual à de tudo o resto?
Poderei estar a confundir todas a emoções e a joga-las todas no mesmo saco, a avalia-las todas pela mesma bitola?

Cheguei então à conclusão que não conheço a verdadeira dimensão do meu ponto de saturação.

A única certeza é de que é finito.

Mais uma vi(d)a de um sentido.

terça-feira, novembro 11, 2003

Uma vi(d)a de um sentido...

Dos países mais desenvolvidos a nível social e cultural do mundo, daqueles que apresentam um melhor nível de vida e bem estar social, são sem sombra de dúvida os países do norte da Europa.

São países onde o ensino e a saúde está incluída nos impostos que a população paga. São também dos que têm a carga fiscal mais elevada.
Mas toda a gente paga. E o crime fiscal é severamente punido e as pessoas que o praticam são publicamente expostas por todo o país (através da imprensa), sendo uma vergonha para o indivíduo, para toda a sua família e se estiver uma empresa envolvida ela é alvo de descriminarão por parte de toda a população.

Em Portugal, se isso se verificasse, no mínimo haveria um desfile e essa pessoa era aclamada como um herói nacional.

Em vez de estarmos a pensar em privatizar tudo, deveríamos era por a pagar impostos quem o não faz.

Ora, neste pais quem mais foge aos impostos são precisamente aqueles que mais dinheirito têm, são esses que manifestam maior interesse privatizar tudo.

Quem mantém este país são os trabalhadores por conta de outrem.
Todos os profissionais liberais roubam descaradamente o estado e os portugueses e ninguém tem coragem de se meter com eles.
Os empresários portugueses com riquezas espalhadas por todo o mundo continuam a apresentar ordenados ridículos.

Se toda a gente pagasse o que deveria, não estaríamos a falar de falência dos sistema publico.

Os maiores prejudicados são aqueles que pouco ou nada têm.

São esses que vão continuar a levar porrada enquanto os maiores continuam a enriquecer à custa dos Hospitais privados, das escolas privadas, dos sistemas sociais de saúde e reformas privadas.

Enfim o mexilhão é que se fode...sempre

Uma vi(d)a de um sentido...
Uma vi(d)a de um sentido...

Por "via" de ter alterado o servidor dos comentários deste blog, todos os anteriores comments foram à "bida".

Por isso se quiserem acrescentar novamente aos comentários os vossos "pensameintos"...os bloguistas agradecem...

sem mais...

Não percam o sentido da vossa vi(d)a
Uma vi(d)a de um sentido...
Uma vi(d)a de um sentido...

A HISTÓRIA E OS ESTUDANTES PORTUGUESES

A grande resposta que os estudantes deste país estão a dar a um governo ignóbil, fascista e acima de tudo ignorante da realidade portuguesa é de uma MATURIDADE, como há muito não se via neste pais e como há muito não se via na Europa.
Temos de recuar até tempos em que o totalitarismo, a ditadura, o quero posso e mando governava este país para falarmos em tamanhas contestações, em tamanha indignação.

As grande revoluções na Europa tiveram a participação dos movimentos estudantis. Foram eles que neste país começaram o que a maioria tinha medo de o fazer. Foram eles na sua maioria filhos de papás ricos e principais interessados (ou interesseiros) da situação vigente que deram o passo, revoltando-se não só contra o estado mas também contra as suas próprias famílias, contra o seu bem estar.

De todos os estudantes que tiveram a coragem para dar a cara, quantos deles estarão em situação financeira privilegiada? Quantos deles serão filhos de papás ricos que lutam por ainda pagar menos do que pagam?
Uma minoria de certeza. Se tivesse que colocar isso em percentagem, embora não tendo dados estatísticos que me permitam fundamentar, diria que não ultrapassariam 1% de todo o universo estudantil.
Mas mesmo que assim não seja, mesmo que os valores sejam superiores, mesmo que fossem todos meninos riquinhos, que padrão moral ou ético proíbe estudante filhos de boas famílias de terem consciência?
Será que pelo facto de serem privilegiados não têm o direito a pensar pelas próprias cabeças? De se revoltarem?

Querem castrar o futuro deste país.
Querem eliminar a liberdade de expressão.
Querem destruir as esperanças de toda uma geração. E eles, os estudantes, têm de estar calados, porque os outros, os políticos, como não têm imaginação, saber, inteligência para fazer melhor, não querem que os chateiem.

Este pais encontra-se em falência financeira e prepara-se para entrar em falência moral, intelectual e motivacional.

Os portugueses já não acreditam...

quinta-feira, novembro 06, 2003

Uma vi(d)a de um sentido...

Acordo mais uma vez com o som estridente do despertador. O estardalhaço é tal que a cama estremece. Com tal alvoroço é impossivel ficar na cama.
Precipitadamente e antes que acorde todo o prédio tento alcançar a razão de tal alvoroço.
São cinco horas da manhã...ainda tenho mais duas horas de sono.
Mais uma vez penso numa alternativa para o despertador.

quarta-feira, novembro 05, 2003

Estou indeciso!
Não sei porque via deverei circular.
Se pela via da esquerda, normalmente para os mais rápidos, de ultrapassagem, de quem quer chegar primeiro do que qualquer outro a algum sítio, lugar, objectivo. Se pela via da direita, devagar devagarinho, a apreciar a paisagem, a vê-los passar.Estou indeciso...não sei.
Vão comendo tudo... os da frente...os da esquerda! Não vão deixando nada pelo caminho. Apenas uma migalhitas.

Mas também vão seguindo (... os da direita), também vão prosseguindo o seu caminho.

Devagar, devagarinho, ...lá vão indo.


Continuo indeciso!!!
Interrogo-me constantemente sobre o sentido da vida. Sobre o meu sentido.
Para onde caminho? O que me espera no final desta caminhada?

Não sei...apenas sei que não há retorno possível.

Esta é uma Vi(d)a de apenas um sentido.


Gostava simplesmente... de ser.

O dia começa sem noticias.

Será possível!!

Como seria viver num mundo sem noticias?

Sem nada...no vazio total...

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